STJ afasta governador Witzel e investiga vice
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) foi afastado imediatamente do cargo por um tempo inicial de seis meses, em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira (28). A decisão foi tomada em meio a irregularidades na saúde, e proíbe que Witzel tenha comunicação com funcionários, acesso às dependências e utilização dos serviços do governo do estado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denuncia outras oito pessoas por corrupção, incluindo o vice-governador do RJ, Cláudio Castro, que apesar de investigado, assume o cargo de Witzel em caráter imediato. A primeira-dama Helena Witzel também é investigada.
"O grupo criminoso agiu e continua agindo, desviando e lavando recursos em plena pandemia da Covid-19, sacrificando a saúde e mesmo a vida de milhares de pessoas, em total desprezo com o senso mínimo de humanidade e dignidade", destacou o ministro Benedito Gonçalves, do STJ, que também especifica o objetivo de frear a liderança de Witzel na referida organização criminosa.
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A decisão do STJ reflete os registros investigativos do Ministério Público, que indicou a existência de uma organização criminosa sofisticada no Rio, que "repete o esquema criminoso praticado pelos dois últimos ex-governadores (Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão)", agora liderado por Witzel.
O presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, foi preso na operação por envolvimento em esquema de desvio de verbas públicas que deveriam ser aplicadas para combate à Covid-19. No total, foram 17 mandados de prisão, e 72 mandados de busca e apreensão.