Guardiões do Crivella: após reportagem, assessores da prefeitura do RJ deixam grupos
Ontem (31) os jornais locais da Rede Globo denunciaram um esquema de obstrução de reportagens em frente a hospitais do Rio de Janeiro. Os responsáveis por impedir o trabalho dos jornalistas, segundo a apuração, são funcionários públicos que são pagos para fazer este trabalho pela prefeitura da capital.
A reportagem foi retransmitida no Jornal Nacional e outros da grade da emissora carioca, mostrando toda a organização do grupo, com escalas, horários e locais definidos por e para assessores especiais da prefeitura em prol de zelar pela reputação do prefeito e suas ações na saúde pública.
As redes sociais comentaram bastante também sobre os grupos e a organização, em especial o grupo "Guardiões do Crivella", que sofreu debandada dos membros após a transmissão da reportagem, mostrando os rostos, nomes, cargos e salários recebidos pelas pessoas que atrapalhavam as atividades jornalísticas na cidade.
Os funcionários da prefeitura chegavam a receber até R$ 10 mil começaram a sair dos grupos durante a noite. Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o ML, responsável por dar ordens aos grupos e as escalas, enviou uma mensagem informando que "Nunca houve nada de errado aqui...".
A atuação dos funcionários constrangendo jornalistas e cidadãos a não falarem mal da prefeitura, é comemorado nos grupos quando bem sucedida. Boa parte dos funcionários mostrados são apoiadores declarados de Crivella, com fotos nas redes. A prefeitura, por sua vez, não nega a criação dos grupos e citou que a ação visa "melhor informar à população e evitar riscos à saúde pública".