Caso Mariana Ferrer: Aranha é absolvido com sentença de 'estupro culposo'
O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho conseguiu reverter a denúncia por "estupro de vulnerável" aberta pelo primeiro promotor do caso Mariana Ferrer, Alexandre Piazza, para um inédito "estupro culposo", não previsto por lei, garantindo a absolvição do empresário André de Camargo Aranha, pois, segundo o atual promotor responsável, não havia como ele saber que a jovem não estava em condições de consentir a relação sexual durante o ato.
O julgamento desastroso foi marcado por inúmeras trocas de promotores e delegados até que o resultado fosse totalmente favorável para o acusado de estuprar a promoter catarinense durante uma festa em 2018. O caso ganhou grande repercussão em setembro de 2020 após o veredito de "inocente" para o empresário, gerando a hashtag "#justiçapormariferrer", que alcançou grande popularidade e segue reunindo indignações com a mais recente divulgação dos bastidores do julgamento, divulgados com exclusividade por Schirlei Alves, do The Intercept Brasil.
Trechos do julgamento mostram o advogado de defesa de Aranha humilhando Ferrer durante sua argumentação. Fotos sensuais da jovem foram utilizadas para deslegitimar suas acusações e diversas alegações foram feitas por Rosa Filho, a exemplo de um momento em que diz que ela posou em "posições ginecológicas" ou "chupando dedinho", pedindo a Deus "que meu filho não encontre uma mulher que nem você” ou que "jamais teria uma filha" do "nível" de Mariana, entre vários outros ataques que fizeram a vítima chorar desesperada enquanto pedia respeito ao juiz da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, Rudson Marcos, quase como se soubesse que não tinha mais chances.
Cláudio, o advogado de defesa de Aranha, é um dos advogados mais caros de toda Santa Catarina. Ele já esteve à frente de casos envolvendo nomes conhecidos, como uma ação movida por Olavo de Carvalho contra o historiador marco Antonio Villa e, mais recentemente, defendeu a ativista de direita Sara Winter quando ela foi presa pela Polícia Federal.