Vantagem de Biden está dentro da estratégia judicial de Trump nas eleições dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscará a reeleição de qualquer jeito, mesmo que Joe Biden seja oficialmente anunciado como o vencedor das eleições. A teoria já prevista por especialistas ganhou força com a vantagem do candidato democrata na apuração dos votos, que poderá chegar a um veredito nesta quinta-feira (5) com os iminentes resultados de Arizona, Carolina do Norte, Pensilvânia, Nevada e Geórgia.
Trump adota uma postura de negação aos resultados oficiais da apuração e declarou vitória em estados-chave que ainda estavam em processo de contagem dos votos, atraindo atenção de seus apoiadores, que compram a ideia e enchem as ruas norte-americanas desde terça-feira (3), com cartazes e até armas de fogo de diferentes calibres.
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A estratégia judicial do republicano consiste em levar os resultados das eleições para a Suprema Corte, e talvez por isso ele demonstre tanta tranquilidade em suas aparições públicas diante dos apoiadores, reafirmando que permanecerá por mais quatro anos no poder e desqualificando, a todo custo, as apurações estaduais.
Diferente do método de apuração eletrônica praticado no Brasil, nos Estados Unidos, a apuração dos votos ainda é arcaica. Cada estado tem suas próprias regras para apuração e recebimento dos votos, e isso com certeza já está nos papéis jurídicos que Trump planeja apresentar aos tribunais caso Biden chegue aos 270 delegados primeiro.
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Para o democrata se tornar presidente, basta conquistar a vitória em Nevada, pois já atingirá a quantidade suficiente de votos no Colégio Eleitoral. Já Trump precisa vencer na Geórgia, na Carolina do Norte, na Pensilvânia e virar o resultado em Nevada. Caso Biden ainda consiga virar na Geórgia, sua pontuação dispara para 280, 10 a mais que o necessário para virar o 46º presidente dos EUA.