Bolsonaro comemora suspensão de testes da vacina CoronaVac após morte de voluntário
O presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais nesta terça-feira (10) para comemorar a suspensão dos testes da vacina CoronaVac anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na segunda-feira (09) depois que um voluntário dos testes morreu.
Em resposta ao comentário de um usuário que perguntava se o Brasil compraria a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, Bolsonaro ironizou a pesquisa com base na morte do voluntário, que de acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, não ocorreu por causa da vacina.
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu o presidente.
A ordem de suspensão dos testes foi justificada pela Anvisa com uma ocorrência de "evento adverso grave" nos testes. "Em primeiro lugar, a Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina", afirmou Covas, que aproveitou para explicar que a grande quantidade de voluntários abre margem para problemas de saúde e outras complicações externas à administração da vacina.
"Como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, podem acontecer óbitos. Nesse momento, [o voluntário] pode ter um acidente de trânsito e morrer. Ou seja, é um óbito não relacionado à vacina. É o caso aqui. Ocorreu um óbito que não tem relação com a vacina", explicou o diretor do Butantan.