Coronavírus: Governo de SP confirma início da vacinação em 25 de janeiro

O governador de São Paulo, João Doria, lançou na última segunda-feira (7) o plano de vacinação contra a Covid-19, com início efetivo programado para o dia 25 de janeiro. A CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, é a vacina escolhida para a imunização no estado, começando por uma lista de prioridades que engloba profissionais de saúde, idosos, indígenas e quilombolas. 

A vacina está na terceira fase de teste, em que a eficácia deve ser comprovada para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dê o aval para a produção em massa. Os insumos necessários para a fabricação da vacina já desembarcaram no Brasil na última semana, e caberá ao Butantan finalizar os últimos processos da produção. 

O governo de São Paulo prevê que os documentos com as amostras dos testes e os respectivos resultados favoráveis à aprovação sejam entregues para a Anvisa até o dia 15 de dezembro.

"O público-alvo da primeira fase da vacinação são as pessoas com 60 anos ou mais, que correspondem a 7,5 milhões de pessoas, trabalhadores de saúde, que são os nossos grandes agentes na linha de frente salvando vidas, quilombolas, indígenas, que são 1,5 milhão de pessoas e a prioridade são os trabalhadores de saúde, num total de 9 milhões de pessoas", disse a coordenadora do controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Regiane de Paula. 

Questionado sobre a quantidade de insumo para a fabricação das doses da CoronaVac, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que o estado tem em mãos todo o insumo necessário para produzir todas as doses previstas para a primeira fase da vacinação. 

"Nós iniciaremos a campanha vacinal agora no 25 de janeiro e temos, sim, esses insumos, agulhas e seringas para vacinar esse público. Dessa maneira, não será necessário fazer aquisições, aguardo de licitações, porque nós já disponibilizamos em nosso estoque desses materiais", garantiu Gorinchteyn, seguido pela afirmação do governo de que o estado já possui 5,2 mil postos de vacinação nos 645 municípios paulistas e planeja ampliar o total para até 10 mil postos, utilizando escolas, quartéis da PM, terminais de ônibus, sistemas drive-thru, farmácias e estações de trem. 

O governo de São Paulo disponibilizará a venda de 4 milhões de doses da vacina para outras regiões do país e, de acordo com Doria, oito estados já entraram na fila. Alguns governadores vieram até aqui, inclusive, tratar deste assunto conosco".

O governador do Pará, Helder Barbalho, utilizou sua conta no Twitter para informar que iria a Brasília conversar com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre o plano nacional de vacinação e, em seguida, iria a São Paulo assinar um protocolo de intenção de compra da CoronaVac no Instituto Butantan. No entanto, Doria citou apenas o prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o de Curitiba, Rafael Greca.