Após decisão de Fachin, Lula faz pronunciamento em coletiva nesta terça-feira, 9
O ex-presidente Lula agendou um pronunciamento para esta terça-feira (9), às 13h30, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, para discutir sobre a mais recente decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações na Lava Jato e devolveu os direitos políticos ao petista. O local escolhido para a coletiva de imprensa é o mesmo em que Lula discursou antes de ser encaminhado para a prisão em Curitiba, em 2018.
Fachin declarou incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, do então juiz Sergio Moro, no julgamento de quatro processos envolvendo o ex-presidente. Entre os resultados do habeas corpus, foi devolvido integralmente os direitos políticos de Lula, garantindo a possibilidade de se candidatar às eleições de 2022 ao invés de Fernando Haddad, inicialmente cotado para a disputa à presidência.
No entanto, Fachin se mantém acuado sobre os processos de parcialidade de Moro, enquanto a defesa de Lula é pressionada pelo PT para apresentar um recurso que mantenha o julgamento do ex-ministro.
"Recebemos com serenidade a decisão proferida na data de hoje pelo Ministro Edson Fachin que acolheu o habeas corpus que impetramos em 03.11.2020 para reconhecer a incompetência da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba para analisar as 4 denúncias que foram apresentadas pela extinta 'força tarefa' contra o ex-presidente Lula (HC 193.726) — e, consequentemente, para anular os atos decisórios relativos aos processos que foram indevidamente instaurados a partir dessas denúncias", disse a defesa de Lula em nota publicada na segunda-feira (8).
"Nessa longa trajetória, a despeito de todas as provas de inocência que apresentamos, o ex-presidente Lula foi preso injustamente, teve os seus direitos políticos indevidamente retirados e seus bens bloqueados. Sempre provamos que todas essas condutas faziam parte de um conluio entre o então juiz Sergio Moro e dos membros da “força tarefa” de Curitiba, como foi reafirmado pelo material que tivemos acesso também com autorização do Supremo Tribunal Federal e que foi por nós levado aos autos da Reclamação nº 43.007/PR.", prosseguiu a defesa no comunicado.