Marcelo Queiroga diz que seguirá política de Bolsonaro no Ministério da Saúde
Marcelo Queiroga, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como o novo ministro da Saúde, afirmou nesta terça-feira (16) que executará a política definida pelo governo federal. Ele falou com a imprensa ao chegar na primeira reunião com o atual ministro da pasta, Eduardo Pazuello, que chegou a alegar que não deixaria o comando do ministério no final de semana.
Queiroga será a quarta pessoa a comandar o Ministério da Saúde desde o início da pandemia. Pazuello deixará o cargo devido às constantes pressões para sua retirada, sobretudo após a negligência que culminou no colapso das unidades de saúde no Amazonas, somada à lentidão no programa de vacinação.
Queiroga aceitou comandar a pasta depois que a cardiologista Ludhmila Hajjar negou o convite de Bolsonaro, alegando divergências com o presidente sobre as estratégias de combate à pandemia, postura totalmente inversa ao que foi demonstrado por Queiroga, também cardiologista e Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em rápida conversa com repórteres na manhã desta terça-feira.
"O governo está trabalhando. As políticas públicas estão sendo colocadas em prática. O ministro Pazuello anunciou todo o cronograma da vacinação. A política é do governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo. Ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e eu fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho", disse Queiroga, que ainda foi além na exaltação ao governo, afirmando que o presidente está "muito preocupado com essa situação".
"Ele [Bolsonaro] tem pensado nisso diuturnamente. Vamos buscar as soluções. Não tem vara de condão", afirmou o novo ministro da Saúde, que já havia sido indicado por Bolsonaro, em dezembro de 2020, para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), restando apenas a votação do Senado.