Fernando Azevedo e Silva deixa o Ministério da Defesa; Motivo não foi revelado
Fernando Azevedo e Silva deixou o cargo de ministro da Defesa, emitindo uma nota oficial nesta segunda-feira (29) sem um motivo exato para o afastamento. A decisão, no entanto, ainda não foi publicada no Diário Oficial da União e nem tinha sido antecipada pelo presidente Jair Bolsonaro, que escolheu pessoalmente o ex-chefe do Estado-Maior do Exército para o cargo durante a transição de governo, em 2018.
Azevedo e Silva era assessor do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),Dias Toffoli, antes de aceitar o cargo de ministro da Defesa. Ele foi o segundo militar a comandar o Ministério da Defesa na história, após o general Joaquim Silva e Luna, indicado por Michel Temer.
Ao contrário de Bolsonaro, Azevedo e Silva ficou conhecido pela postura discreta e sem manifestações extremistas em seus discursos, sobretudo em relação às declarações polêmicas do presidente. No comunicado oficial, o general agradece pelo convite de Bolsonaro, a quem teria dedicado "total lealdade ao longo desses mais de dois anos".
"Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado. O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira. Saio na certeza da missão cumprida", disse Fernando Azevedo e Silva, que ainda não teve substituto anunciado.
Esta é a 17ª substituição de ministros na gestão de Bolsonaro na presidência da república. Azevedo e Silva, porém, estava intocado no cargo desde o primeiro dia de mandato do presidente, que o escolheu antecipadamente para a pasta.