Mãe de Moïse Kabamgabe cobra justiça após assassinato do filho
A morte de Moïse Kabagambe, de 24 anos, continua repercutindo nacionalmente, já que o refugiado político congolês foi brutalmente assassinado por cobrar dois dias de pagamento atrasado em um quiosque no Rio de Janeiro, sendo espancando por cinco pessoas até não resistir mais aos ferimentos. Inconformada, a mãe do jovem, Ivana Lay, cobra justiça pelo crime.
A crueldade dos assassinos está presente em todos os detalhes do crime, até mesmo na forma que o corpo da vítima foi encontrado, amarrado em uma escada, coberto de sangue. De acordo com informações preliminares da polícia, há imagens de câmeras de segurança que podem auxiliar na identificação e punição dos criminosos, mas a obtenção e análise das imagens podem levar algum tempo.
Nas redes sociais, milhares de internautas levantam a hashtag "JusticaPorMoise", cobrando dos órgãos de segurança medidas mais rápidas para identificar os agressores, que sequer deveriam estar soltos, já que se trata de uma violação gravíssima em que uma pessoa morreu por atos propositais dos agressores.
Supostamente, o espancamento aconteceu depois que o gerente do estabelecimento chamou algumas pessoas para ajuda-lo a resolver a situação, recusando-se a pagar o valor referente às duas diárias cobradas por Kabagambe.
De acordo com informações do primo da vítima, Yannick Kamanda, que teria obtido acesso a imagens de segurança, Moïse foi agredido sem chance de defesa, levando socos, golpes com pedaço de madeira e até com taco de beisebol, até chegar ao ponto em que desmaiou, após cerca de 15 minutos da covarde ação dos criminosos.
A mãe da vítima tem certeza de que o crime foi motivado principalmente pelo racismo, e ela garante que não descansará em paz enquanto a justiça não for feita, mesmo sabendo que a condenação de espancadores brancos é um feito difícil nos tribunais.
Ninguém foi preso até o momento.