Famosos pressionam Arthur Lira para vetar Pacote do Veneno
Vários famosos estão se unindo nesta quarta-feira (9) em um "tuitaço" contra a votação do projeto de lei que permitirá a ampliação do uso de agrotóxicos no Brasil. O PL n.º 6.299/2002, conhecida como Pacote do Veneno, torna mais fácil a liberação de substâncias que já foram proibidas em outros países, e está sendo combatida por personalidades públicas como a chef de cozinha Paola Carosella, a atriz Giovanna Lancellotti, Bruno Gagliasso e outros milhares de internautas que pressionam diretamente o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Em uma série de publicações no Twitter, Paola diz que há muitas urgências paralelas à votação da PL que libera a ampliação do uso de agrotóxicos e questiona quem, de fato, irá lucrar com a aprovação. "O PL 6299 não é aceito pela sociedade e os deputados deveriam estar preocupados em salvar vidas. #NãoAoPacoteDoVeneno", disse a dona do restaurante Arturito e do café La Guapa.
Bruno Gagliasso também utilizou as redes sociais para se declarar contra o Pacote do Veneno, chamando atenção dos seguidores para a necessidade de pressionar o presidente da Câmara. "É hora de pressionar Arthur Lira para que não coloque em votação o Pacote do Veneno (PL 6299/2002), que vai liberar mais substâncias tóxicas no meio ambiente e na comida das famílias brasileiras", disse o ator.
Giovanna Lancellotti também se uniu ao coro, deixando claro que a população precisa ficar em alerta para a possível votação do PL n.º 6.299/2002. "Deputados ruralistas e aliados de Bolsonaro querem aprovar o PL 6299, mesmo sabendo que a sociedade é contra! O Pacote do Veneno adoece a população e o meio ambiente", disse a atriz de "Ricos de Amor" e "Temporada de Verão".
A Organização das Nações Unidas (ONU) já se declarou contra o projeto, milhões de cidadãos assinaram um abaixo-assinado contra a ampliação do uso de agrotóxicos, e mais de 20 entidades públicas também declararam repúdio ao projeto, baseados em estudos assinados pela FIOCRUZ, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e o Ministério Público Federal.