Buscas por voo desaparecido da Malaysia Airlines podem ser retomadas na próxima quarta, 26

Buscas por voo desaparecido da Malaysia Airlines podem ser retomadas na próxima quarta, 26
Carol Souza
Por Carol Souza

Nesta terça-feira (25) o governo da Malásia informou que reduziu a área de buscas pelo voo MH 370 da Malaisya Airlines, desaparecido desde 8 de março. Após serem encontrados objetos no Oceano Índico que podem ser destroços da aeronave, o governo da Austrália afirmou que, devido a melhoria das condições climáticas, as buscas deve ser retomadas logo na manhã desta quarta-feira (26).

As equipes enfrentarão uma tarefa complexa ao vasculhar uma vasta extensão de mar agitado atrás de supostos pedaços da aeronave avistados anteriormente. 

"Nós não estamos buscando uma agulha no palheiro, estamos ainda tentando determinar onde é o palheiro", disse o vice-chefe de Defesa da Austrália, marechal do ar Mark Binskin, a repórteres em uma base militar em Perth, na Austrália. 

Até agora, as buscas estavam se concentrando em dois corredores, sul e norte. Hishammuddin disse que as operações foram interrompidas no corredor norte, um arco que ia da Malásia à Ásia Central, assim como na parte norte do corredor sul, que se estende da Malásia à Antártica. Isso ainda deixa uma grande área de 1,6 milhão de quilômetros quadrados para ser varrida, mas ela equivale a apenas 20% do escopo de buscas anterior.

Em discurso ao Parlamento malaio nesta terça-feira (25), o primeiro-ministro do país, Najib Razak, alertou que a procura irá demorar um longo tempo e que "teremos de enfrentar desafios inesperados e extraordinários".

Na segunda-feira (24), Najib havia anunciado que o Boeing 777 havia caído no mar sem sobreviventes. Isso foi tudo que investigadores e o governo malaio conseguiram dizer com certeza sobre o destino do avião, que fazia o voo MH370 quando sumiu levando cerca de 239 passageiros.

As conclusões se basearam em uma análise dos sinais enviados pela aeronave a cada hora a um satélite pertencente a Inmarsat, uma companhia britânica, mesmo depois de outros sistemas de comunicação do Boeing terem parado de funcionar por motivos desconhecidos. 

A última informação enviada não dá uma localização precisa, apenas uma estimativa do local onde o avião teria caído no mar. Hishammudin revelou que os dados ainda estão sendo analisados "para tentar determinar a posição final da aeronave" e que um grupo de trabalho internacional de especialistas em satélites e desempenho de aeronaves foi criado, porém não informou maiores detalhes.

"A busca visual será retomada amanhã, quando o clima deve ficar mais favorável depois de ventos fortes e ondas pesadas terem resultado na suspensão da operação de busca na terça-feira", afirmou a Autoridade de Segurança Marítima da Austrália, que está supervisionando a procura no entorno de Perth, na Austrália.

Hishammuddin afirmou que um equipamento localizador de caixa preta em alto-mar da Marinha dos EUA estava a caminho da Austrália e seria instalado em um navio de apoio da Marinha australiana, o Ocean Shield, porém somente chegaria à região após o dia 5 de abril. Além de Malásia e Austrália, mais 26 países estão envolvidos nas buscas do avião desaparecido.

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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