Malaysia Airlines: Área de buscas de voo desaparecido é profunda demais para submarino

Malaysia Airlines: Área de buscas de voo desaparecido é profunda demais para submarino
Carol Souza
Por Carol Souza

Após semanas de buscas, o submarino robótico que participa da operação se mostrou ineficiente depois de constatado que a àrea de busca é profunda demais para o equipamento. O submarino foi trazido de volta à superficie do Oceano Índico, onde o avião supostamente teria caído, sem dados relevantes, após atingir menos de metade da distância planejada na busca por destroços e caixas pretas, informaram as autoridades na terça-feira (15).

As equipes de busca enviaram o submarino Bluefin 21, da Marinha dos EUA, para o Oceano Índico na segunda-feira (14) para começar a vasculhar o fundo do mar na região, após seis dias sem detectar quaisquer sinais do que podem ser as caixas pretas da aeronave.

Mas apenas seis horas após o início da missão, que tinha duração planejada de 16 horas, o submarino não tripulado entrou em um território que excedia o seu limite máximo de profundidade, de 4,5 mil metros (15 mil pés), e o mecanismo de segurança o levou para a superfície, segundo o centro de coordenação de busca, em um comunicado. Ele não foi danificado e está sendo reprogramado para dar conta das inconsistências na profundidade do fundo do mar.

Os dados coletados pelo Bluefin na segunda-feira (14) foram analisados depois que o equipamento voltou para a superfície, contudo nada de relevante foi encontrado, segundo a Marinha dos EUA, em um comunicado. As equipes de busca estavam esperando para enviá-lo de volta para a água nesta terça-feira (15) , se as condições meteorológicas permitirem. O equipamento não deve passar por área de alta profundidade.

As autoridades responsáveis sabiam da probabilidade de que a área de busca preliminar estivesse no limite da capacidade de mergulho do Bluefin. Outros equipamentos com capacidade de mergulho maior foram avaliados, mas nenhum estava mais disponível para ajudar.

Enquanto isso, as autoridades estavam investigando uma mancha de óleo a cerca de 5,5 mil metros da área onde foram detectados os últimos sons subaquáticos, disse Angus Houston, o chefe de uma agência conjunta de coordenação de busca na costa oeste da Austrália .

As equipes coletaram uma amostra do óleo e estão as enviando de volta a Perth, na Austrália, para análise, um processo que vai demorar alguns dias. Houston disse que não parecem ser de qualquer um dos navios na área, mas advertiu contra tirar conclusões precipitadas sobre sua origem.

Além disso, o governo da Malásia disse que vai divulgar conteúdos dos gravadores de voz e dados de voo a bordo do voo 370, se o jato for encontrado. "Quando a gente precisa descobrir a verdade, sem dúvida, teremos de revelar o que há na caixa preta, para que não haja dúvida disso", disse o ministro de Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein.

O ministro também afirmou que a questão de quem fica com a guarda dos dispositivos não é importante.

Os comentário de Hishammuddin foram feitos depois que Malásia enviou o procurador geral Abdul Gani Patail para Londres com o objetivo de discutir quem "tem [direitos de] custódia sobre a caixa preta". A reunião é conduzida com a Organização da Aviação Civil Internacional das Nações Unidas e outros especialistas do setor jurídico. (AE)

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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