Buscas por avião permanentes serão árduas, diz Austrália
A cada dia que passa a busca pelo Boeing 777 da Malaysia Airlines se tornam mais difíceis e diminuem as esperanças de que em breve sejam encontradas evidências ou até quem sabe a própria aeronave. Quase um mês após o desaparecimento, as buscas ainda não chegaram a um ponto crucial e aos destroços.
Em análise da conversa final gravada entre o controle de solo e o co-piloto do voo 370 da Malaysia Airlines, os investigadores seguem em busca de pistas sobre o que houve com o avião. Enquanto isso, a Austrália, que está coordenando as buscas pelo Boeing 777, advertiu que a caça "pode se arrastar por um longo tempo" e será uma tarefa árdua.
O exame forense que está sendo realizado nas conversas com os pilotos pode dar uma dica sobre quem estaria no controle da cabine da aeronave e também determinar se havia qualquer estresse ou tensão na voz de quem estava se comunicando com controle de solo. Estes fatores podem ser cruciais em uma investigação de desastre aéreo. O governo da Malásia também divulgou uma transcrição da conversa, que mostra as trocas de informações normais entre o controle e a aeronave, como a autorização para a decolagem, informações sobre a altitude e o espaço aéreo.
“Boa noite Malásia 3-7-0", foram as palavras finais recebidas pelos controladores no aeroporto internacional de Kuala Lumpur às 1h19 do dia 8 de março. Na segunda-feira (31), o governo mudou o relato sobre a transmissão anterior para "Tudo bem, boa noite."
As buscas encontram entraves de condições climáticas ruins e agora alarmes falsos, já que algumas evidências de objetos encontrados não passavam de toneladas de lixos flutuando no suposto local da queda da aeronave. A área de buscas mudou conforme especialistas analisaram dados de radar e de satélite emitidos pelo avião, passando das águas ao largo do Vietnã para diversas áreas a oeste da Austrália. A zona de buscas atual é uma remota região de 254 mil quilômetros quadrados, a cerca de 2 horas e meia de voo a partir de Perth.
Nesta terça (01), a Austrália implantou um controlador de tráfego aéreo para evitar colisões com aviões de buscas que sobrevoam o Oceano Índico. São 11 aviões e nove navios foram posicionados em área com menos da metade da zona de buscas, cerca de 120 mil km quadrados.
Ainda não há qualquer sinal de onde esteja o avião, que desapareceu no dia 08 de março com 239 pessoas a bordo enquanto seguia de Kuala Lumpur, Malásia com destino a Pequim, na China.