Esperando encomenda? Melhor sentar: Correios em greve!
Funcionários anunciam pausa por tempo indeterminado
Se o serviço dos Correios já não é alvo de muitos elogios ao redor do Brasil, imagine com a declaração oficial de que o instituto entrará em greve a partir das 22h desta quarta-feira (26)? É, meus caros leitores, se você está com alguma encomenda pendente para chegar na sua casa, sugiro que espere sentado, pois os trabalhadores já deixaram bem claro que darão pausa nas atividades. E sabe por quanto tempo? Pois é, nem eu, nem eles, nem ninguém.
De acordo com informações divulgadas pelos grevistas, não há nenhum tempo determinado para o fim da ação, já que tudo isso gira em torno das ameaças de privatização, seguida por demissões em massa e fechamento de diversas agências pelos quatro cantos do país, isso sem contar o "desmonte fiscal" da empresa, levando-se em conta os repasses ao governo e patrocínios e a consequente diminuição de lucro. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), portanto, anunciou a greve com base nos prejuízos de R$ 2,1 bilhões em 2015 e R$ 2 bilhões em 2016 para a estatal, que enfrenta uma grande crise.
“O que tem acontecido é um plano de desmonte próprio da empresa, atacando a própria qualidade e universalização do serviço. Faz parte de um projeto privado com interesse de entrar no mercado”, informou a secretária de Imprensa da Fentect, Suzy Cristiny, determinando o estopim da greve e os motivos plausíveis para a atitude extrema. Obviamente, os grevistas reconhecem o prejuízo pessoal para cada cidadão brasileiro, a partir do momento em que a privatização coloca plenamente em risco o direito claro da população aos serviços prestados pelos Correios.
“Mais de 200 agências estão sendo fechadas por todo o Brasil. Com isso, muitos moradores do interior e das periferias vão ficar sem o atendimento bancário e postal dos Correios do Brasil”, garante a federação, que é totalmente contra o fechamento de agências com base no baixo lucro. Entretanto, é reconhecível a necessidade de se cortar gastos primordiais para que a privatização seja, de fato, evitada. Pelo menos é o que diz o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, declaradamente contra a privatização.
Para tranquilizar os milhões de brasileiros prejudicados pela greve, os grevistas afirmam que as atividades em andamento dos Correios serão continuadas de alguma forma. “Uma paralisação dos empregados neste momento delicado pelo qual passa a empresa é um ato de irresponsabilidade, uma vez que a direção está e sempre esteve aberta ao diálogo com as representações dos trabalhadores”, noticiou. Continue conectado no Diário 24 Horas e fique por dentro das novidades sobre a greve que já está aterrorizando tantos brasileiros, mas que, de certa forma, tornou-se necessária para garantir os direitos necessários aos trabalhadores. E você, o que acha de tudo isso? Deixe sua opinião nos comentários.