Privatização dos Correios acontecerá de forma integral em leilão, diz secretário
O modelo de privatização dos Correios já foi definido pelo Governo Federal, de acordo com informações do secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, que afirmou em entrevista ao jornal O Globo que a proposta do Ministério da Economia pode ser aprovada pela Câmara dos Deputados na próxima semana, prevendo um desmonte de 100% da estatal.
Com isso, o controle da empresa será vendido integralmente através de um leilão tradicional, com o comprador levando ativos e passivos da companhia. Ao que tudo indica, o governo está tratando o assunto como prioridade, pois a pretensão é que o projeto de lei de privatização dos Correios seja votado entre 12 e 15 de julho, antes do recesso parlamentar.
Já existe um nos bastidores um apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que a votação seja acelerada. Na entrevista ao jornal O Globo, Mac Cord afirmou que a empresa continuará servindo o Brasil inteiro. "A gente chegou a avaliar fatiar por região, mas entendemos que para garantir a universalização é preciso ter o subsídio cruzado dentro da própria empresa", disse o secretário.
Caso a votação aconteça antes do recesso, o novo edital poderá ser publicado ainda neste ano, provavelmente em dezembro, pois o governo possui em mãos um cronograma de urgência para a privatização, repudiada por diversos setores políticos no país.
"No meio da maior crise do seu governo, Bolsonaro decide vender 100% dos Correios. É um tapa na cara de milhares de trabalhadores e milhões de brasileiros que dependem de um serviço público essencial. Precisamos barrar esse absurdo!", disse Guilherme Boulos após a confirmação de que a privatização dos Correios será acelerada pelo Governo Federal.
O PSOL também se manifestou nas redes sociais, afirmando que os Correios tiveram lucro líquido de superior a R$ 2 bilhões nos últimos quatro anos, exigindo que a população lutasse contra o atual projeto.