Após tensão, Bolsonaro discute situação do coronavírus com presidente da China
Eduardo Bolsonaro foi responsável por uma tensão preocupante entre Brasil e China na última semana, quando utilizou as redes sociais para criticar a conduta do presidente Xi Jinping e a República Popular da China, atribuída pelo deputado federal como a grande culpada da pandemia atual do novo coronavírus, sobretudo após as declarações do prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, que admitiu ter demorado tempo demais para divulgar informações sobre os primeiros casos da Covid-19. O filho de Jair Bolsonaro, sem muita dificuldade, conseguiu gerar um estardalhaço com a embaixada da China no Brasil e discussões sobre a possibilidade de afastamento entre os dois países, o que poderia significar um rombo histórico na economia brasileira, já que a China é o nosso principal parceiro comercial.
Nesta terça-feira (24), o presidente Bolsonaro informou que entrou em contato com Xi Jinping através de uma ligação telefônica e minimizou as expectativas de danos às relações diplomáticas com o país asiático. "Nesta manhã, em ligação telefônica com o Presidente da China, Xi Jinping, reafirmamos nossos laços de amizade, troca de informações e ações sobre o covid-19 e ampliação de nossos laços comerciais", publicou o presidente nas redes sociais, pouco antes de também informar sobre a videoconferência com governos estaduais das regiões Centro-Oeste e Sul.
No último final de semana, o governador do estado do Pará, Helder Barbalho, criticou a postura de Bolsonaro diante da pandemia e afirmou através de comunicado oficial que não aguardaria por atitudes do presidente para agir a favor do povo paraense, além de garantir que entraria em contato direto com o presidente da China em busca de auxílios diretos à região Norte. "Não irei medir esforços pra proteger o povo do Pará. O momento é de união e nós não vamos deixar que a Covid-19 avance em nosso Estado", disse Helder ao anunciar novas medidas contra o avanço da pandemia.