Apoiado por Mourão, Mandetta mantém cargo a contragosto de Bolsonaro
As ameaças de demissão partidas do presidente Jair Bolsonaro levaram ao Ministério da Saúde a incerteza sobre a permanência de Luiz Henrique Mandetta no cargo principal, mas na noite da última segunda-feira (6), foi confirmado que ele manteria o trabalho como ministro, sob apoio do vice-presidente Hamilton Mourão, deputados da Frente Parlamentar da Saúde e representantes do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde.
Em seu discurso, iniciado por aplausos no Ministério Público, Mandetta falou sobre o tempo perdido com as constantes reviravoltas ocasionadas pelas insatisfações do presidente com quem contraria seus desejos políticos. "Ficou todo mundo com a cabeça meio avoada, sem saber se eu ia permanecer, se eu ia sair", explicou, também reafirmando a missão contra a pandemia do novo coronavírus. "Nós vamos continuar, porque continuando a gente vai enfrentar o nosso inimigo. O nosso inimigo tem nome e sobrenome. É o Covid-19. Nós temos uma sociedade para tentar lutar, para tentar proteger. Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar", prosseguiu o ministro, que apesar da oposição de Bolsonaro, não escapa das críticas.
O ator Pedro Cardoso utilizou sua conta oficial no Instagram para resgatar uma foto em que Mandetta aparece comemorando o Impeachment de Dilma Rousseff e expôs um texto para disparar suas opiniões sobre a atual conjuntura política no Brasil. "Na foto, o atual ministro da saúde, comemorando como um moleque o golpe parlamentar imposto a Dilma pela turma que hoje está no poder. Como é possível que um nazifascista de primeira hora, capacho serviçal de Messias, O Torturador, possa ser considerado alguém útil ao bem comum?", esbravejou Cardoso no post que pode ser conferido, na íntegra, a seguir: