Celso de Mello solicita à PF que ouça o ex-ministro Sergio Moro em até 5 dias

O decano do STF diminuiu o prazo à pedido de parlamentares
O decano do STF diminuiu o prazo à pedido de parlamentares
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

Após as declarações polêmicas dadas pelo ex-ministro Sérgio Moro na coletiva de imprensa que deu ao deixar a pasta e também com as provas mostradas no Jornal Nacional, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, requisitou à Polícia Federal que vá ouvir Moro no prazo de até cinco dias para dar continuidade ao processo aberto por ele.

Celso de Mello investiga as declarações de Moro em relação ao presidente Jair Bolsonaro. Suas acusações retratam interferências de Bolsonaro no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a seus familiares, além de uma possível falsificação de assinatura no ato da exoneração de cargo de Maurício Valeixo.

Na terça-feira (27), ao abrir o inquérito de investigação, o ministro do STF havia dado o prazo de 60 dias para o depoimento de Moro. Entretanto, na tarde desta quinta-feira (30), um grupo de parlamentares solicitou o avanço das investigações e o pedido de redução do prazo. Os solicitantes foram o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).

Com a aprovação do inquérito pelo STF, a investigação irá avaliar, a partir de provas e depoimentos, se as acusações são verdadeiras, caso contrário, Moro poderá ser processado. Na divulgação do novo período, Celso de Mello disse: “A diligência ora determinada deverá ser efetuada pela Polícia Federal, no prazo de 05 (cinco) dias, consideradas as razões invocadas pelos Senhores parlamentares que subscrevem, juntamente com seus ilustres Advogados, a petição a que anteriormente me referi".

O STF tem agido fortemente em relação as mudanças na pasta da Justiça e da diretoria da Polícia Federal após as acusações de Moro. Ontem (29) o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da PF, como a Advocacia Geral da União (AGU) não recorreu do caso, a nomeação foi oficialmente anulada via Diário Oficial.

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Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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