Com possibilidade de deportação, Weintraub agradece "a dezenas de pessoas" que o ajudaram a deixar o Brasil

O ex-ministro publicou em suas redes sociais que já estava nos EUA
O ex-ministro publicou em suas redes sociais que já estava nos EUA
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

Conforme anunciado na última sexta-feira (19), o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub partiu o quanto antes rumo aos Estados Unidos com a justificativa de que estava sofrendo ameaças de morte no Brasil e precisava sair para ficar em segurança com sua família e se preparar para o novo cargo no Banco Mundial.

Em postagens no Twitter ainda na sexta-feira, Weitraub disse que estaria saindo do Brasil "o mais rápido possível (poucos dias). NÃO QUERO BRIGAR! Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem!". A chegada do ex-ministro aos EUA foi anunciada por seu irmão, Arthur Weintraub. No novo post de hoje (22), o ex-ministro agradeceu a todos que o auxiliaram para chegar ao país, publicando também uma foto sua em um restaurante e do que estava comendo após a viagem. 

Entretanto, a saída de Weintraub do país está causando novos problemas sérios de migração. Isso porque está proibida a entrada de brasileiros no país devido à pandemia do novo coronavírus, mas, em tese, como Weintraub realizou a viagem antes de sua exoneração, poderia entrar no país com passaporte diplomático. 

Segundo analistas de migração, caso Abraham tenha usado a prerrogativa de ser um funcionário de governo como premissa para conseguir a permissão, uma norma pode fazer com que o ex-ministro seja deportado. A norma cita que “contornarem a aplicação dessa proclamação através de fraude, deturpação intencional de um fato material ou entrada ilegal serão prioridades na remoção pelo Departamento de Segurança Interna”. O MEC não informou qual passaporte foi usado pelo ex-ministro, que teve sua exoneração do cargo informada somente do Diário Oficial após a sua chegada aos EUA.

Outra prerrogativa que o ex-ministro pode ter usado é a de que irá exercer um novo cargo no país. Entretanto, o cargo de ministro-executivo ainda não está disponível e nome de Weintraub ainda deve ser votado pelo grupo do Banco Mundial que o Brasil faz parte. Sendo assim, seu posto na organização ainda não está oficializado e, sem função aparente para sua ida neste momento, poderá ser deportado.

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Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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