Na luta do povo contra o fascismo, Weintraub se diz vítima: "Querem nos calar"

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, declarou repúdio à recente ação do grupo Anonymous Brasil, que vazou, além dos seus dados, os do presidente Jair Bolsonaro e aliados, incluindo o empresário Luciano Hang, dono da Havan, e o deputado estadual Douglas Garcia, alvos no inquérito que investiga a disseminação de fake news. No Twitter, o ministro fez questão de se inserir como vítima em meio às manifestações contra o fascismo imperante no governo brasileiro e em outros países, como os Estados Unidos, que encabeçaram uma revolta mundial após a cruel morte por asfixia de George Floyd em Minneapolis, provocada por agentes da polícia local. 

"Estava refletindo em silêncio. Todavia, ontem, eu, minha esposa e crianças tivemos celulares e dados pessoais violados. Recebemos ameaças de morte e ofensas. Na madrugada anterior, objetos foram atirados em nossa sala e mais ameaças (filmado e B.O.). Vejam o grupo que nos ataca", disse Weintraub em publicação realizada no Twitter na manhã desta terça-feira (2). "Isso tem se repetindo pelo Brasil. Muitas famílias patriotas estão sendo ameaçadas. Nossos lares não estão mais seguros. Querem nos calar. Não me lamento, escolhi essa trilha. A luta pela LIBERDADE e a defesa da ordem é fundamental para termos um país onde criar nossos filhos", prosseguiu o ministro, revoltado com o vazamento das informações e inserindo-se na condição de vítima ao lado dos aliados conservadores.

Por fim, ele volta a disparar comentários controversos ao defender a liberdade de expressão. "Minha família já havia sido cercada no Pará por ongueiros profissionais. Isso não me deteve! Alerto meus irmãos brasileiros, os que não queimam nossa bandeira, para cuidarem da integridade física de suas famílias, porém que não recuem na defesa da LIBERDADE DE EXPRESSÃO!", finalizou Weintraub, garantindo algumas respostas carinhosas dos seguidores fiéis e, é claro, uma chuva de críticas da oposição, que não consegue compreender em qual esfera o ministro pode ser enquadrado como uma vítima da sociedade. Pouco depois, ele ainda atualizou sua foto de perfil com uma ilustração em que ele aparece com a boca amordaçada com um pano vermelho, em clara referência a uma suposta censura.