Derek Chauvin trabalhava com George Floyd em boate e o perseguia, diz ex-colega
Os rumores sobre o histórico entre George Floyd e o ex-policial acusado de assassina-lo, Derek Chauvin, ganharam novas informações nesta quarta-feira (10). Segundo o ex-colega de trabalho, David Pinney, eles não apenas se conheciam, mas tinham um histórico de atrito. Ambos teriam trabalhado juntos como seguranças em uma boate, e Derek apresentava uma postura "extremamente agressiva com alguns clientes dentro do clube", o que se estendeu para perseguições diretas a Floyd.
"Eles batiam cabeças", disse Pinney, reforçando as crenças dos familiares da vítima que apontam uma possível motivação pessoal para a ação do agente policial. O advogado da família exigiu que Chauvin fosse acusado de assassinato em primeiro grau "porque acreditamos que ele sabia quem era George Floyd". Questionado pela CBS News sobre a veracidade das informações, Pinney garante que os dois, de fato, se conheciam, e "muito bem".
Procurada pela imprensa norte-americana, a proprietária do clube, Maya Santamaria, confirma o histórico agressivo de Chauvin com os clientes e o que o trabalho era realizado através de pagamentos informais quando o policial estava de folga. A descrição da empresária revela que ele era pago para "ficar sentado em seu carro da polícia do lado de fora do El Nuevo Rodeo por 17 anos".
Floyd trabalhou como segurança dentro do clube com frequência no ano passado, mas só dividia o espaço de trabalho com Chauvin às terças, quando era realizada uma competição semanal de dança, bastante popular entre os frequentadores assíduos da casa. Santamaria vai além ao revelar que Chauvin demonstrava medo ao se aproximar de funcionários e até clientes negros. "Acho que ele se sentia intimidado, com medo", disse a proprietária da boate, apontando intrigas constantes entre os dois.
A imagem de Derek Chauvin pressionando o próprio joelho contra o pescoço de Floyd por nove minutos seguidos circulou o mundo inteiro e se tornou símbolo do intenso preconceito e violência contra os negros, além de discussões sobre a truculência injustificável da polícia, que deveria proteger o cidadão.