Ativista Sara Winter é presa pela PF em Brasília e ataca STF via ADM no Twitter
Sara Winter foi presa pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (15) em Brasília. Ex-feminista, Winter se tornou um dos principais nomes de liderança do movimento 300 do Brasil, que se dedica a apoiar o presidente Jair Bolsonaro, e entrou para a lista de alvos do inquérito que investiga o financiamento de protestos antidemocráticos. Coube ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizar a prisão imediata da ativista, que mesmo detida, ataca o poder judiciário brasileiro através dos administradores de sua conta no Twitter.
"Sara Winter foi presa por conta de uma investigação sobre financiamento de protestos antidemocráticos. Isso mesmo, as manifestações onde idosos, crianças, deficientes, mulheres participavam em apoio ao PR @jairbolsonaro é a tal manifestação 'antidemocrática'.", escreveu o ADM na primeira publicação sobre o assunto nesta manhã.
"Terroristas ANTIFA: Quebram patrimônios públicos, esfaqueiam policiais, agridem, ameaçam, pedem ditadura do proletariado. NADA ACONTECE, DEMOCRÁTICO. Sara Winter: Cobra políticos, cobra o STF, vai pra manifestação em apoio ao presidente @jairbolsonaro. PRESA PELA PF, NAZISTA!", disparou na continuação, demonstrando revolta com a autorização de Moraes, e ainda aproveitando para atacar outros nomes em publicação posterior. Veja:
Lula SOLTOANTIFA SOLTOSBoulos SOLTOJoice SOLTABandido SOLTOEstuprador SOLTOAssassino SOLTOPedófilo SOLTOSara Winter PRESABrasil?#AdmAqui
— Sara Winter (@_SaraWinter) June 15, 2020
No total, seis pessoas ligadas ao movimento 300 do Brasil foram presas na operação da PF nesta segunda-feira. O perfil oficial do grupo no Instagram deu início à campanha "Sara Livre", convocando membros e apoiadores a se unirem por 10 horas em frente à superintendência da Polícia Federal em ato de protesto contra a prisão de Winter. Em outro post, são exibidas duas folha de papel com as frases "Moraes imoral" e "Moraes ditador", escritas à mão.
O procedimento contra Sara Winter na Procuradoria da República no Distrito Federal ficou engavetado por cerca de duas semanas, e gerou ainda mais acusações contra a influencer depois que ela passou a disparar ameaças contra Moraes após ser surpreendido com um mandado de busca e apreensão. Somando-se aos crimes de incitação à subversão da ordem política ou social, a inclusão dos crimes de ameaça, violência e injúria podem render de 7 a 22 anos de prisão no total.